MEROVÍNGIOS E
CAROLÍNGIOS
Nos séculos IV e V, e ao longo dos séculos posteriores, a limes romana foi sucessivamente invadida
por tribos germânicas, as quais originaram diversos reinos. Entre esses reinos,
apenas os francos foram duradouros.
Sua primeira dinastia foi a dinastia Merovíngia, que deve seu
nome a Meroveu, e surgiu na história
com as vitórias de seu filho Childerico.
O filho de Childerico, Clóvis,
conseguiu unir sob seu controle a maior parte da Gália ao norte do Loire por
volta de 486, quando ele derrotou Siágrio,
o governante romano daquela região. Clóvis,
anexou vários territórios em batalhas, e em 496, deu um passo importante para
fortalecer seu poder real, convertendo-se ao cristianismo, ganhando o apoio da
Igreja e da maior parte da população da Gália, constituída por cristãos. Fato
que também contribuiu para aumentar a integração entre conquistadores e
conquistados.
Após a morte de Clóvis, seu reino foi dividido entre seus
quatro filhos, como era costume entre os francos. A tradição da divisão do
reino entre os herdeiros continuaria no século seguinte. Mesmo quando mais de
um rei merovíngio governava, o reino era concebido como uma entidade única
governada coletivamente por vários reis - em seus próprios domínios - e a
sequência de eventos poderia resultar na reunificação de todo o reino sob um
único rei.
Um processo muito comum durante a idade média, enfraqueceu o
poder da dinastia. Por serviços prestados ao rei, como recompensa, as terras do
reino eram distribuídas para o clero e a nobreza. O que aos poucos acarretou
numa perda de poder real nessas terras, que se submeteram aos senhores feudais.
O poder transferiu-se para os prefeitos do palácio (major domus). Destacando-se no cargo, Carlos Martel, barrando a expansão
árabe em 732. Seu filho Pepino o Breve,
com o apoio papal depôs o último soberano merovíngio, Childerico III, iniciando a dinastia Carolíngia. Em retribuição ao
apoio, cedeu território a Igreja, que deu origem aos Estados Pontifícios (na
Itália).
Em 768, Carlos Magno,
filho de Pepino e o mais famoso e importante dos reis francos, assumiu o trono
e expandiu suas fronteiras, aumentando seu poder sobre o reino. Pois, ao
contrário dos merovíngios, ao conquistar novas terras e distribuí-las aos
aristocratas, exigia um compromisso de lealdade com o rei suserano.
Carlos Magno também contou com o apoio da Igreja, que assim,
propagava o cristianismo aos povos conquistados. Sendo inclusive coroado como
imperador do novo Império Romano do Ocidente.
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