terça-feira, 6 de maio de 2025

FASCISMO



Após o fim da Primeira Guerra Mundial, grupos ultranacionalistas passaram a utilizar a crise econômica como justificativa para criticar o sistema liberal-capitalista. Nesse período, houve a descrença nos partidos tradicionais. O fascismo italiano cresceu da mesma maneira que o nazismo alemão, alimentando-se tanto de medo das classes médias e das elites diante da possibilidade de uma revolução comunista conduzida pelo movimento operário; quanto dos ressentimentos nacionalistas causados pelos resultados da Primeira Guerra Mundial.

Na Itália, Benito Mussolini, um ex-socialista, acabou se tornando o principal líder nacionalista, organizando o grupo paramilitar Fascio di Combatimento, que se dedicava a combater as esquerdas e os militantes do movimento operário. Em 1921, Mussolini criou o Partido Nacional Fascista. Em meados de 1922, os fascistas conquistaram o apoio de setores da sociedade que temiam o avanço da esquerda, e realizaram a Marcha sobre Roma, reunindo uma multidão nos arredores da capital italiana. Pressionado, após a Marcha sobre Roma, o rei Emanuel III exonerou o primeiro-ministro e convidou Mussolini para organizar um novo governo de acordo com as normas do sistema parlamentarista em vigor.

Pouco depois, em 1924, os fascistas receberam 65% dos votos na eleição parlamentar, e a partir de 1925, passaram a controlar o Estado italiano. A oposição teve muitos deputados presos, exilados ou mortos pelo governo. Com essa vitória nas urnas, Mussolini pode instalar o Estado totalitário na Itália. O Parlamento perdeu sua força; a imprensa se transformou em porta-voz do governo; o cotidiano, e entretenimento, o esporte, a religião, tudo passou a ser assuntos de Estado. A Igreja Católica foi parceira dos fascistas. Em nome do combate ao comunismo e ateísmo, em 1929, o papa Pio XI apoiou Mussolini, e em troca, foi dada a autonomia política do Vaticano pelo Tratado de Latrão.


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