HITLER: UM AMANTE DAS ARTES
Um dos maiores assassinos da história da humanidade, Adolf Hitler, nutria uma incrível admiração pela arte. A pintura, a música e a arquitetura dominavam grande parte do espaço destinado à suas paixões.
Quando
jovem, Hitler tentou, por duas vezes (em 1907 e 1908), ingressar na Academia de
Belas Artes de Viena, sendo rejeitado em ambas tentativas, por não apresentar
talento suficiente para fazer parte daquela respeitada instituição. À época,
com 18 anos de idade e órfão, Hitler passou a ganhar a vida com a pintura,
vendendo seus quadros a turistas.
Com a
explosão da Primeira Guerra Mundial, Hitler abandonou seus pincéis e se juntou ao exército da Alemanha, mas sempre com o desejo de ser um grande pintor e
dedicar-se às telas.
Com o
fim da Grande Guerra e o início de sua ascensão política, Hitler deu vazão a suas
aspirações artísticas, assumindo-se como o grande responsável pela criação da
simbologia do Partido Nacional Socialista, sendo de sua autoria, em 1923, a
insígnia do partido. Além disso, criou uniformes, bandeiras e estandartes para
o partido.
Artistas
frustrados eram uma constante no comando do Terceiro Reich. Goebbels, Rosenberg
e Schwerin, nutriam aspiração pela literatura, poesia e pintura. De
qualquer forma, com o poder à mão, o comando nazista tentou levar seu conceito
de arte ao povo alemão.
Em 1933 uma série de exposições, intituladas “Arte
Degenerada”, chamava a atenção para a ameaça do estilo de arte “bolchevique”.
Tal arte deveria ser evitada por se tratar de “depravação espiritual e
intelectual”. Além
disso, as obras dos artistas modernos mostravam sinais de doença mental de seus
criadores. Tudo o que os nazistas queriam erradicar da Alemanha. Para o
advento da eugenia foi um passo bem curto.
Com a
chegada da Segunda Guerra Mundial, as invasões do exército alemão eram
frequentemente seguidas de pilhagem, em especial de obras de arte, que seriam
adicionadas à coleção do Fuhrer. Em
Nuremberg, após o término da Segunda Guera Mundial, foi descoberto um bunker
subterrâneo repleto de quadros, vestimentas e adornos, escondidos pelo comando
nazista. Entre os quais as joias do Sacro Império Romano, fixação que Hitler
dividia com Napoleão Bonaparte.
O que
nos resta é tentar criar conjecturas a respeito do passado e seu efeito sobre o
futuro. Se
Adolf Hitler tivesse sido aceito na Academia de Belas Artes de Viena,
provavelmente a História teria seguido outro rumo.
Para
saber mais:
ARQUITETURA DA DESTRUIÇÃO. Direção: Peter Cohen. Suécia: Cult,
1992. DVD, 121 minutos.
KIRKPATRICK, Sidney. As relíquia sagradas de Hitler. Rio de
Janeiro: Sextante, 2011.