MESOPOTÂMIA: LAR DO LAISSEZ-FAIRE
A região da mesopotâmia (entre os rios Tigre e Eufrates) é considerada um dos berços da civilização, pois foi nessa região que, segundo pesquisadores, iniciou-se o processo de sedentarização do homem.
Os
grupos humanos, que vagavam à procura de alimentos para sua subsistência,
encontraram na região “entre rios” (daí o termo Mesopotâmia), uma região
propícia para o desenvolvimento da agricultura. Claro que isso não aconteceu com
um passe de mágica. Foi necessário uma boa dose de paciência, tempo, erros e
acertos para que o homem dominasse as técnicas de controle do fluxo das águas
dos rios, que apresentavam períodos de baixa e alta vazão. Além disso, havia a
necessidade da utilização correta de sementes, aproveitamento de canais e uma
série de problemas que foram sendo contornados graças à persistência e
perseverança de nossos antepassados.
Com o
domínio das técnicas agrícolas, surgiu o excedente de produção. O homem, já
fixado à terra, começava a produzir mais do que o suficiente para sua
subsistência e com isso surgiu a necessidade de se buscar um destino para sua
produção. Uma parte a ser armazenada para o período de entressafra e o restante
a ser comercializado, inicialmente por meio de escambo, com outros grupos humanos.
O que não se imaginava é que o homem estava dando inicio, entre outras coisas,
ao comércio, palavra derivada do latim “commerciu” que tem significação de
permutação, troca, compra e venda.
A pujança comercial que se iniciava
traria para o homem da mesopotâmia as condições perfeitas para uma interação
cada vez mais próspera entre os variados povos da região, com a utilização de
padrões de moeda e criação de especializações.
O
homem da Mesopotâmia jamais poderia adivinhar que sua iniciativa de se fixar em
determinado lugar traria tantas mudanças dali pra frente, pois assim começaram
a surgir aglomerados humanos que posteriormente se transformariam em cidades.
Além disso, surgia também a necessidade de criação das profissões.
O
comércio em si, foi altamente revolucionário, pois o escambo inicial deu lugar
à moeda e levou o homem à contabilidade e às futuras ideias sobre a economia.
Se não fosse pela iniciativa corajosa e desbravadora do homem mesopotâmico não
teríamos tido a evolução das ideias de Adam Smith, Friedrich Hayek ou John
Keynes.
O
homem mesopotâmico, preocupado apenas em sobreviver, acabou por transformar o
mundo em que vivemos. Com sua despretensiosa atitude, acabou por ditar as
regras do que seria o “mundo civilizado” através de sua força econômica,
política e religiosa. O controle das forças naturais deram o pontapé inicial
para o domínio do planeta e fez com que a humanidade ocupasse lugar de destaque no
nosso mundo.
O
resto é História.
Para
ler mais:
PINSKY,
Jaime. As Primeiras Civilizações. São Paulo: Atual:
1994