MEMÓRIAS MUSICAIS
MOTTA, Nelson. Noites tropicais. Solos, improvisos e memórias
musicais. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
Segundo o historiador Eric Hobsbawm, o breve século XX finda
em 1989, ruindo junto com o muro de Berlim e o comunismo soviético.
Coincidentemente ou não é quando acaba o movimento do rock
brasileiro. Nelson Motta, produtor musical, compositor, jornalista e escritor
em seu livro Noites tropicais,
mostra-nos o caminho traçado pela música brasileira no breve século XX, como se
fosse um Hobsbawm das cordas, tambores e metais.
A partir do final da década de 1950, com o advento da
modernização, surge nas praias cariocas a bossa nova, fusão do jazz americano e
do samba do Rio de Janeiro; e com seu jeito inovador de tocar e cantar, João
Gilberto cativa e seduz os amantes da boa música.
É nesse momento que surge, entre outros, Nara Leão,
inicialmente empossada como musa da bossa nova, e anos depois a voz ativa do
espetáculo Opinião, show da esquerda
intelectual, contrário aos militares, já nos anos 1960.
De uma forma divertida e ritmíca, Motta discorre entre a
jovem guarda, tropicália e rock. Chega a confessar passagens de foro pessoal,
como o caso amoroso que teve com Elis Regina, segundo o autor, a maior cantora
que ele conheceu, e acontecimentos pitorescos envolvendo Roberto Carlos e Tim
Maia.
Testemunha ocular da história da música nos últimos sessenta
anos, Motta descreve toda a sua trajetória realizada dentro do universo
musical.
Obra indispensável para os amantes da música e da história
cultural.
Play it
again, Sam.
Conheça Nunca fomos
tão brasileiros, da banda brasiliense Plebe Rude em www.hailrock.blogspot.com.br/2017/02/lugarnenhum.html?m=1
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