sexta-feira, 19 de agosto de 2016

NAPOLEÃO E O BRASIL


No final do século XVIII, o mundo passou por algumas grandes mudanças, como a Revolução Francesa, a independência dos Estados Unidos da América e a Revolução Industrial. No início do século XIX, Napoleão Bonaparte e seus exércitos já tinham dominado grande parte da Europa e criado intenso impasse com a Inglaterra, que não pretendia perder o posto de grande potência mundial para a França. Estas duas nações mediram forças constantemente no início do século XIX, pois uma das aspirações de Bonaparte era a reconstrução do Império do Ocidente, a metade ocidental do Império Romano após a sua divisão por Diocleciano no ano 286 A.D.

No meio dessa querela encontrava-se Portugal, que por não contar com um exército ou marinha que pudesse fazer frente a Bonaparte, optou por tentar manter a paz por meios diplomáticos, tendendo alternadamente entre a França e Inglaterra, pois não podia também se dar ao luxo de criar animosidade com a Grã-Bretanha, dona da maior força naval do mundo, à época. Portugal tinha duas grandes preocupações: evitar a invasão de seu território nacional e a tomada de suas colônias, das quais dependia para sobreviver. Entre aliar-se à França (declarando guerra à Inglaterra) ou perder o trono para Bonaparte, Dom João VI, regente português, tomou a decisão de fugir para o Brasil, sua colônia mais próspera

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Todos os preparativos para a viagem foram realizados às escondidas da população de Lisboa, e no dia 27 de novembro de 1807, com a família real já devidamente embarcada nas naus, Dom João VI tornou pública a notícia de que partiria com sua corte para o Brasil. Resultado: pandemônio total com pessoas correndo desesperadas pelas ruas da cidade sem saber o que fazer. No dia seguinte, a corte portuguesa tomou o rumo do Brasil, chegando ao Rio de Janeiro em 8 de março de 1808, sendo recebida com grande festa pelo povo da colônia.

A chegada do regente português e sua corte acelerou o desenvolvimento do país, pois a partir daí criaram-se cursos superiores, abriram-se os portos para as nações amigas e tornou inevitável a independência do Brasil.

Graças a Napoleão Bonaparte.

Para ler mais:
LIGHT, Kenneth. A viagem marítma da família real para o Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
GOMES, Laurentino. 1808. São Paulo: Planeta do Brasil, 2007.