O HOMEM NA HISTÓRIA
Desde o
momento que aquele insignificante hominídeo resolveu descer da árvore, em meio
aos perigos inerentes da superfície terrestre, começou sua história na Terra.
De início, a coleta de frutos era suficiente para a sua subsistência. Logo
mais, a caça se faria necessário, agora como atividade coletiva, com o advento
da vida em sociedade. Os grupos nômades vagavam de uma região a outra em busca
de meios de sobrevivência e com o passar do tempo acabaram ocupando áreas cada
vez mais longínquas do globo.
As
origens humanas remontam a 120 mil anos atrás, no continente africano,
espalhando-se daí para todas as regiões do mundo no decorrer do tempo.
Com o
mundo a conquistar, o homem precisava criar ferramentas para colocar em prática
seu plano de sobrevivência e expansão. Daí surgiram artefatos de madeira e
pedra, que de acordo com o avanço tecnológico foram substituídos pelos metais
em suas respectivas épocas, segundo a divisão clássica da História, que seguiu a
premissa de Christian J. Thomsen, conservador do Museu Nacional Dinamarquês,
que classificou, no século XIX, a pré-história em idade da pedra, do bronze e
do ferro.
O
século XIX, aliás, foi de grandes embates nos meios intelectuais da
Europa, que por essa época era considerada a nata, o suprassumo da civilização
humana. As ciências, de uma forma geral, deram um salto qualitativo e
quantitativo, com o surgimento da Arqueologia, Antropologia, entre outras. A
disseminação do pensamento científico iria entrar em choque várias vezes com o
pensamento religioso de então.
Naquele século, surgiu Charles Darwin, com sua Origem
das Espécies (1859), que foi violentamente atacada pela Igreja, por não aceitar outra ideia que não fosse a do criacionismo. A
Igreja, à época, defendia que o nosso planeta fora criado precisamente em 4.004
a.C., e o próprio termo Pré-história,
só viria a ser utilizado comumente a partir de 1865, com a publicação do livro Prehistoric Times, de Sir John Lubbock.
O
homem na História, apresenta na realidade uma infinidade de histórias, que se
escrevem no decorrer do tempo, e inclusive em nosso tempo, no “hoje” e no “agora”.
Somos
personagens, atores e escritores da própria história do mundo.
Para
ler mais:
GOSDEN,
Chris. Pré-História. Porto Alegre:
L&PM Pocket, 2012.
FUNARI,
Pedro Paulo; NOELI, Francisco Silva. Pré-história
do Brasil. São Paulo: Contexto, 2015.